feeling good (6)

São 9 horas da manhã, o despertador dá sinais de vida. Acorda. Toma o seu pequeno almoço, um croissant de manteiga e fiambre para dar energia e um suminho de laranja natural. Vê as noticias da manhã, que por sua vez não são de muito agrado, anunciam o perecimento de um jovem de 19 anos de acidente de carro. Muito comum nos dias de hoje. Dizem os jornais, que foi um choque frontal, com morte imediata. Ficara desfigurado. Não passaram imagens do tal jovem. A mãe, repleta de agonia e tormento, fala do seu filho como sendo um menino que era muito saudável, adorava natureza, passava o tempo a passear, a tirar fotografias a paisagens naturais, e tinha uma eminente paixão por lindos jardins, adorava explorá-los. Esta notícia deixa-a angústiada para o resto do dia. Decide desligar a televisão, e ainda a mastigar vai ver o seu correio. Publicidade, publicidade e mais publicidade, no final de tanta futil papelada encontra um envelope cor de alecrim com aroma a côcô. Parecia um convite para um casamento. Excitadíssima e eufórica abre e depara-se com um papel branco apenas preenchido por uma palavra: "EU"... virou o papel e viu um raio-x de um coração. De um coração real. Ou de um real coração.Ela que não percebe nada de ciências, decidiu guardar para mais tarde poder esclarecer as suas dúvidas em relação aquela estranhíssima e aparentemente inapropriada imagem.