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estado de espírito.

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18 de dezembro de 2010

a m o r

Não consigo, tento mas não sai nada, a palavra fica corrompida. A expressão morre, o sorriso abstem-se, os olhos perdem a essência, a respiração estaca, os braços enfraquecem, os ombros perdem o equilibrio. O corpo imobiliza-se por si só.

A culpa é do amor ser tão limitado, tão rigoroso...tão finito.
Nesta altura teria um texto de metro e meio, mas ele não me deixa, faz-me voltar atrás vezes e vezes sem conta, faz-me sentir egoísta e por isso impõe-me o pior castigo: a exitação.


Mantenho-me impiedosa ao que me rodeia ultimamente, oculto a verdade que vai cá dentro, com receio da explosão que teria aí fora. Não me atinges, nem me passas ao lado, simplesmente parece que não sou o teu alvo de hoje. É por isto que te considero tão limitado, porque não te deixas ser usado por várias pessoas em simultâneo, só te pedia um pouco, pouquinho, presente num abraço ou num carinho. Não lhe quero tirar o protagonismo, até porque eu própria lhe tenho oferecido tudo o que resta de ti em mim. Até que fiquei num profundo vácuo...

No entanto, vou dar-lhe as minhas reservas porque sei que precisa mais do que eu neste momento, eu só precisava de saciar a minha carência de TI aqui.

1 comentário:

Say Cheese disse...

está triste e profundo, mas bonito :)